O mercado de trabalho brasileiro se tornou ainda mais disputado com a alta taxa de desemprego apresentada nos últimos anos. Em paralelo, o setor de tecnologia apresentou um aumento massivo de procura por profissionais, muito também por conta do período pandêmico no país e a migração rápida que as empresas foram obrigadas a fazer em suas estruturas tecnológicas.
Diante deste avanço, o mercado de educação tecnológica se expandiu e avançou barreiras além das tradicionais graduações, cursos profissionalizantes e técnicos. Com a democratização de conteúdo, interessados em se tornar profissionais da área passaram a estudar por conta própria, a partir de cursos gratuitos e aulas online.
Apesar disso, uma recente pesquisa salarial Código Fonte com programadores brasileiros evidenciou que a educação superior tem relação direta com o salário alcançado, ou seja, quanto maior a escolaridade, maior é o valor que ele embolsa ao final do mês.
Outro estudo que corrobora com esse dado foi realizado pela Universidade de Stanford (EUA). O estudo indicou que o nível de sucesso na carreira de um profissional tem relação com o nível de escolaridade do mesmo. De 1.322 profissionais pesquisados, 781 dos que são fundadores de empresas possuem mestrado, MBA ou doutorado.
Curso superior realmente dá vantagem no mercado de TI?
Quanto mais preparado o mercado te enxerga, melhor. Na maioria das vezes, as faculdades apresentam conteúdos que são necessários para se adequar à diversas situações adversas presentes no mercado de trabalho, coisa que cursos específicos não conseguem entregar, por maior qualidade que tenham.
Mas não se pode dizer que este ou aquele é o caminho certo, cada pessoa trilha sua caminhada de maneira diferente e no fim pode chegar em igualdade na disputa de vagas no mercado tech.
O que se torna cada vez mais evidente é que a democratização dos conteúdos programáticos relacionados ao setor de tecnologia tornaram as possibilidades para aqueles que não podem pagar uma faculdade muito mais reais, o que é excelente, pois o Brasil não forma profissionais o suficiente para atender a demanda excessiva que existe hoje e que existirá nos próximos anos.
De acordo com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), o país deve chegar em 2025 com um déficit de quase 800 mil profissionais de tecnologia.
Com isso, os profissionais de tecnologia não devem limitar as possibilidades dos outros por conta da trajetória de estudo, mas entender que, provavelmente, aqueles que tenham no currículo o ensino superior, alcancem melhores vagas e salários no mercado atual.
